O mercado de Alimentos e Bebidas (A & B) é muito competitivo. A cada momento, novas marcas surgem para disputar espaço no mercado. Uma das práticas que companhias podem utilizar para aumentar a sua influência e ganhar competitividade é apostar nas fusões e aquisições.
Movimento inicia nos Estados Unidos
O mercado estadunidense costuma ditar tendências em outros países. A normalização dos problemas que se apresentavam por causa do Covid-19, o corte em taxas de juros e os empréstimos mais acessíveis tornaram o cenário mais favorável para fusões e aquisições.
Conforme Billy Roberts, analista sênior de Alimentos e Bebidas do CoBank, houve um aumento nessa atividade, principalmente no setor de bens de consumo embalados. Billy alega que, embora tenha caído um pouco o número em comparação com o período de 2021-2023, a expectativa é que 2025 seja o ano em que esses tipos de negócios ocorram em grande escala.
Embora isso ocorra em todos os setores, as fusões e aquisições são particularmente muito relevantes no setor de A & B. Somente em 2024, ocorreram megafusões bilionárias e diversas transações menores.
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Entendendo o movimento
A fusão é uma operação comercial, de ordem jurídica e financeira, no qual duas ou mais pessoas jurídicas juntam os seus patrimônios com objetivo de formarem uma nova sociedade. Dessa forma, as companhias anteriores deixam de existir. No lugar, surge uma nova empresa.
Por outro lado, a aquisição é a operação pela qual uma sociedade é absorvida por outra. Dessa forma, a empresa que foi comprada sucede os seus direitos e obrigações e passa a ser parte da organização que a comprou.
Os casos de aquisição são bastante comuns. Os maiores exemplos que vemos são grandes companhias, como Ambev, Mars, PepsiCo e Mondelez, que adquirem marcas menores para fortalecer os seus “reinados” como supremas no mercado.
Por outro lado, as fusões ocorrem com pequenas e médias empresas, que juntam forças para se tornarem mais competitivas. No entanto, esse fenômeno jurídico também ocorre com grandes nomes. Um caso conhecido foi a fusão da Heinz e da Kraft, que se juntaram em 2015 para criar a Kraft Heinz Company.
O caso de grandes marcas
A Mars é uma grande marca do setor, conhecida principalmente por vender produtos industrializados,como doces e chocolates.
Em 2024, a empresa comprou a Kellanova, fabricante dos salgados Pringles, por cerca de 36 bilhões de dólares, para ampliar a sua atuação no segmento de snacks.
Além disso, a Campbell´s Soup adquiriu a Sovos Brands, expandindo a sua influência para o mercado de molhos para massas.
Por fim, outro exemplo relevante é da PepsiCo, que comprou a Siete Foods, marca mexicana de produtos como chips, molhos, tortilhas, dentre outros itens referentes à culinária deste país.
A organização percebeu a demanda por produtos étnicos e de culinárias específicas e passou a impulsionar negócios para atender a esse desejo.
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Estratégia de crescimento
As indústrias e distribuidoras de A & B costumam utilizar essas estratégias comerciais para expandir a sua atuação para novas áreas ou fortalecer o seu negócio. Grandes companhias costumam comprar concorrentes menores em vez de enfrentá-los no mercado.
No Brasil, vemos esse movimento ocorrendo principalmente em grandes organizações do setor. Por exemplo, a Ambev é um forte exemplo de aquisições de marcas famosas, como as cervejas Budweiser e Stella Artois.
Importante mencionar que esse movimento não ocorre apenas com grandes corporações. Pequenas e médias empresas podem juntar forças para aumentar a influência no mercado.
Sendo assim, as indústrias do setor precisam ficar atentas aos movimentos do mercado e estudar a possibilidade de realizarem essas estratégias caso se apresentem vantajosas para o negócio delas.
Tanto as fusões como as aquisições podem ser estratégias para aumentar a influência e a competitividade. Por isso, é interessante ter contatos para quem sabe, em um futuro, não avaliar essa possibilidade.
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